quinta-feira, novembro 10, 2005

Coração na boca

Fazem agora seis anos, por esta altura do ano, Outono, que morreu o pai de certo amigo meu.
Sabido do óbito, lá descubro para onde o corpo tinha sido transportado. Estaria então na igreja de Santos, o que era basto estranho uma vez que o senhor não residia nem perto dali.
Eis-me chegado ao local e, tendo procedido aos cumprimentos da praxe à família presente, dou um saltinho ao exterior da cripta onde corria uma aragem agradável e onde poderia ver quem entrava pois sou um grande cusco. Pouco tempo passado chega um dos filhos do defunto e uma tia tida como alguém muito peculiar, tendo-se iniciado uma conversa de circunstância; no decorrer da qual resolvo perguntar porque raio de acaso, habitando o tio Zé tão longe dali tinha vindo aqui parar?
Retorque o orfão que tinha percorrido várias igrejas e só nesta tinha arranjado lugar, pois estava tudo cheio naquele dia.
Com um ar contristado exclama a boa da senhora presente:
-Pois é, eles passam-se muito nesta época do ano!
É claro que a fungaria estoirou em gargalhada, primeiro abafadamente disfarçada e depois irreprimível.

1 Comments:

Blogger vero escreveu...

Passei para lhe deixar um beijinhos e desejar um bom fim-de-semana!
BEIJINHOS***

20:10  

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