terça-feira, junho 13, 2006

Parece impossível

Uma tarde um neto conversava com o seu avô sobre os acontecimentos actuais.
Então, de repente, ele perguntou:

-Quantos anos tem,avô?
E o avô respondeu:
-Bem, deixa-me pensar um momento...Nasci antes da televisão, das vacinas contra a polio, das comidas congeladas, da fotocopiadora, das lentes de contacto e da pílula anticoncepcional. Não existiam os radares, os cartões de crédito, os raios laser nem os patins em linha.
Não se tinha inventado o ar condicionado, a lavadora, as secadoras (as roupas
simplesmente secavam ao vento).
O homem não tinha chegado à lua, "Gay" era uma palavra inglesa-sa que significava uma pessoa contente, alegre e divertida, não homossexual.
Das lésbicas, nunca tínhamos ouvido falar e os rapazes não usavam pircings.
Nasci antes do computador, das duplas carreiras universitárias e das terapias de grupo.
Até completar 25 anos, chamava a cada homem "senhor" e a cada mulher "senhora" "senhorita".
Nos meus tempos a virgindade não produzia cancro. Ensinaram-nos a diferenciar o bem do mal, a sermos responsáveis pelos nossos actos. Acreditávamos que "comida rápida" era o que a gente comia quando estávamos com pressa.
Ter um bom relacionamento, era darmo-nos bem com os primos e com os amigos.
Tempo compartilhado, significava que a família compartilhava as férias juntos. Não se conhecia telefones sem fio e muito menos os telemóveis.
Nunca tinhamos ouvido falar de música estereofônica, rádios FM, Fitas cassetes, CDs, DVDs, máquinas de escrever eléctricas, calculadoras (nem as mecânicas quanto mais as portáteis).
"Notebook" era um livrete de anotações.
Aos relógios dava-se corda dia a dia. Não existia nada digital, nem os relógios nem os indicadores com números luminosos dos marcadores de jogos, nem as máquinas.
Falando de máquinas, não existiam as cafeteiras automáticas, os fornos micro-ondas nem os rádio-relógios-despertadores.
Para não falar dos vídeo-cassetes, ou das máquinas de filmar de vídeo.
As fotos não eram instantâneas nem coloridas. Só existiam a branco e preto e a sua revelação demorava mais de três dias. As de cores não existiam e quando apareceram, a sua revelação era muito cara e demorada.
Se lêssemos "Made in Japan", não se considerava de má qualidade e não existia "Made in Korea", nem "Made in Taiwan", nem "Made in China".
Não se ouvia falar de "Pizza Hut" ou "McDonald's", nem de café instantâneo.
Havia casas onde se comprava coisas por 5 e 10 escudos. Os gelados, as
passagens de autocarro e os refrigerantes, tudo custava 10 escudos.
No meu tempo, "erva" era algo que se cortava e não se fumava.
"Hardware" era uma ferramenta e "software" não exista.
Fomos a última geração que acreditou que uma senhora precisava de marido
para ter um filho.

Agora diga-me quantos anos acha que tenho?

- Hiii!!!... Avô.. Mais de 200 ! Disse o neto!
- Não, meu filho. Somente 58!

3 Comments:

Anonymous Anónimo escreveu...

Essa coisa do pessoal novo em relação aos mais velhos, ai cristo que se eles soubessem o quando doí a avaliação da idade. Mas perdoemos-lhe são crianças senhor;)
Beijokas ó Lisboeta

08:09  
Anonymous Anónimo escreveu...

Pssssiut!
Vim deixar uma beijoca repenicada!
Olha que se eu soubesse que eras tão novinho, ainda, não te tinha enviado aqueles e-mails!
Perdoa esta tua tia e se os reenviares, tu vê lá, an?
Tu não digas a ninguém que fui eu que tos enviei, ouviste?
É que lá se vai a minha reputação!

Põe lá o nome na lista, pf!
Desta tua tia não te vais livrar, te garanto!
Já me imagino toda comovida, a escolher a serigrafia, acompanhada pelo pastelinho de Belém.
Ai não vais ter?
Então, pode ser...dois copinhos de vinho branco!!!!:-)

Bjins, mtos, mtos!

Tua tia Cris

00:07  
Anonymous Anónimo escreveu...

Sou brasileira e passeando pela net,cheguei nesse blog.Admiravel
Situação vivida por cá tb,mas temos mais histórias para contar e se deliciar do que a brotolandia atual(pelo menos daqui)
Saudaçoes
Ligia
ligia.alvares@gmail.com

00:18  

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