segunda-feira, junho 27, 2005

Egoísmo

Tremo, ao que me apercebo
Através das cortinas corridas dos teus olhos,
E recorro ao estratagema mais brutal
De te assustar com um berro infernal
Para que, com o estertor, afastes esses escolhos
Que me impedem de a ti chegar.
Nada mais me destinas casta flor sem cor?
Num prado exangue, seca de seiva oca de amor,
Deambulas, errática, levada
Por imagens que não vês
Por vozes que não ouves
Por toques que não sentes.
Não sei já se assim te quero
Te aceito ou se mesmo te tolero.
Tudo o que é tormento, agonia e sofrimento
Vãos serão
Se o que nos afasta
Carecer de remissão
E minh’ alma de sustento.

2 Comments:

Blogger Raquel Vasconcelos escreveu...

Afinal parece que existem mais pessoas que aparentam ser apenas uma e depois são tantas...
Belíssimo lado esse que mostras... costuma estar escondido? Ou apenas na sombra?
Muito bom... n posso dizer mais porque é difícil de qualificar por palavras o que está qualificado pela leitura...
bj

11:12  
Anonymous Anónimo escreveu...

Pus a leitura em dia :) Cada vez gosto mais dos teus poemas, amigo. Beijo grande, aqui de longe

Chanel

13:58  

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