Senda
A última vez que a senti
Foi pelos sinais que deixou na seara já segada.
O trilho sinuoso denota
Uma hesitação paradoxalmente calculada.
Em cada crista, em cada cava da ondulante trajectória
Murcham tufos de caules cortados,
Privados agora das festivas cúpulas floribundas.
Pelo deitar do restolho que resta
Percebo, ansioso, a direcção do movimento,
O afã da acção e o peso ligeiro do passo.
Tudo me diz que o retorno é certo.
Corro a preparar uma taça.
Foi pelos sinais que deixou na seara já segada.
O trilho sinuoso denota
Uma hesitação paradoxalmente calculada.
Em cada crista, em cada cava da ondulante trajectória
Murcham tufos de caules cortados,
Privados agora das festivas cúpulas floribundas.
Pelo deitar do restolho que resta
Percebo, ansioso, a direcção do movimento,
O afã da acção e o peso ligeiro do passo.
Tudo me diz que o retorno é certo.
Corro a preparar uma taça.
5 Comments:
O senhor ó desculpe... eu estava um pouco baralhada com o poema...
O poema é LINDO e eu maltratei-o tanto...
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De todos, é um dos que mais gosto!
Tens um jeito especial para fazer o desenho de algo...
:*
é a vontade de escrever que influencia a minha vontade de ler.
abraço
Ah, meu grande amigo que em duas artes encantas. Com palavras pintas belos poemas, com tintas dás-nos prosas supremas. Beijinhos.
Mas ai nem duvides que volta mesmo, o cheiro a palha cortada despeita deleitosos sentimentos, que só ela mesmo sabe esconder e guardar.
beijocas
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