Frente ao cavalete
Comecei Sábado a trabalhar para a exposição que me é exigida há muito. Depois de ultrapassar aquele momento de terror que é ver-me perante uma tela em branco e que muitos pintores experimentam, tive a coragem de dar a primeira pincelada. É sempre fascinante ver como, paulatinamente, vai surgindo do nada, o esqueleto da obra: a composição espacial. É uma fase fundamental que condiciona a qualidade do quadro, por muito que se aprimore o desenho e se cuide da cor e respectivos contrastes. É a minha preocupação primeira. A impaciência para o passo seguinte, manchar de cor as zonas pretendidas, põe-me literalmente a transpirar, sufoca-me quase. Enquanto misturo as cores para apanhar os tons, limpo a testa com o mesmo pano em que seco os pincéis. Pretendo fazê-lo sempre com uma zona limpa do mesmo sem sempre alcançar tal desidério. O resultado é cómico ao fim de algum tempo.
Não me detenho enquanto não consigo ter, do trabalho, uma perspectiva cromática geral . Aí descanso um pouco e observo.
(continua)
Não me detenho enquanto não consigo ter, do trabalho, uma perspectiva cromática geral . Aí descanso um pouco e observo.
(continua)
2 Comments:
Força aí :)*
É assim mesmo! Beijocas e sorrisos da gataria :))
Enviar um comentário
<< Home