quarta-feira, abril 20, 2005

Interrogo-me


Tenho observado, espantado, o palrar de várias entidades contra a eleição deste Papa e contra os alegados e supostos malefícios de que enfermará o seu reinado. Ora se nem São Malaquias acertou no eleito por via do lema, quem são estas oraculais criaturas para vomitarem prognósticos?
Entre Católicos, Maçons, Pentecostais, Protestantes, Muçulmanos, Agnósticos, Ateus, etc., sei lá, todos botam faladura do alto das suas solas.
Se me considero Católico tenho de aceitar o que a Igreja Católica estipula, não me impedindo de analisar e propor mudanças que se me afiguram úteis para o incremento do número de fiéis, para a eficiência da sua acção espiritual e social. Até aí tudo bem, se bem que haja modos e modos de o fazer. Mas se não me conformo então é porque não sou católico mesmo e sou outra coisa qualquer.
E então se não sou Católico não tenho que fazer campanha para que a Igreja Católica se adapte à minha concepção de religião. O que certa gentinha adora encher um microfone de gafanhotos, cacarejando nonsense...
Sem religiosamente me qualificar, se bem que tenha sido educado na religião Católica e praticado a mesma durante muitos anos tenho para mim que:

Aborto à vontade, não. O feto é um humano vivo e como humano tem tantos direitos quanto a mãe. Aceito que a vida da mãe tenha precedência se não houver alternativa médica possível.

Casamento entre pessoas do mesmo sexo, não. O Casamento é um Sacramento e é destinado à concepção de filhos. Não me oponho a que exista uma figura legal que proteja duas pessoas que vivem juntas por sua vontade expressa. Não aceito é que lhe chamem casamento.

Adopção de filhos por um par de homossexuais, não. O conceito de Pai e Mãe, e consequentemente o de macho e o de fêmea devem estar gravados na mente de qualquer humano de uma forma clara, sem ambiguidades, pois é deles que depende a renovação da espécie. Qualquer ambiente que possa pôr em dúvida a finalidade dos sexos é social e demograficamente prejudicial.

Casamento de padres, sim.

Ordenação de mulheres, sim.

Serei católico ainda ou não?

5 Comments:

Anonymous Anónimo escreveu...

Meu caro Zé Maria, compreendo este teu post, mas como bem dizes, a aceitação das estipulações da Igreja não nos devem precaver de algumas perplexidades, que no fundo apenas revelam o nosso cuidado para com a instituição. Se eu disser que considero Ratzinger o mais adequado para suceder a JP II, terei de apelar ao Espirito Santo para que me sossegue. Não pelo santo homem que é, mas apenas pelo temor de que a espantosa herança de Karol Wojtyla se possa vir a perder. No entanto afirmo que espero estar redondamente enganado e que Bento XVI exerça um explendido pontificado. Um abraço.

17:27  
Blogger Mitsou escreveu...

Fiel ao meu lema, não escrevo nem comento textos sobre religião ou política. Mas não resisto a dizer que concordo contigo nalguns pontos. E deixo-te o beijinho do costume :)

21:26  
Anonymous Anónimo escreveu...

Cá para mim...és como eu!...não é Católico...mas crês!
Beijo terno, BShell

01:06  
Blogger Raquel Vasconcelos escreveu...

"O feto é um humano vivo e como humano tem tantos direitos quanto a mãe."

Uma realidade.

10:17  
Anonymous Anónimo escreveu...

Comprei, depois da sua eleição para Papa, os livros que Ratzinger escreveu e estão traduzidos para português.

Fiquei com a convicção que o Espirito Santo sabe que Ratzinger é o homem ideal para que se não perca a ... "espantosa herança de Karol Wojtyla"

Isabel Moreira

19:27  

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