sexta-feira, maio 30, 2008

Pois é...

...o que define a esquerda, historicamente, não é a luta contra a desigualdade. É a luta pela concentração de poder político, sob o pretexto de combater a desigualdade. Foi isso o que se viu na Revolução Francesa, na Revolução Russa, na Revolução Chinesa, na Revolução Cubana e por toda parte onde a esquerda reinou sem ser atrapalhada pela presença da maldita direita. Mesmo nas nações democráticas, onde tem adversários a enfrentar, a esquerda busca sempre aumentar por todos os meios possíveis o poder da burocracia estatal. E, como a concentração do poder político concentra também necessariamente o poder econômico – motivo pelo qual os capitalistas monopolistas ajudam sempre a esquerda, não a direita --, a esquerda mundial deve ser definida estritamente, segundo a substância da sua realidade histórica, como a força política que há pelo menos dois séculos promove a desigualdade em nome da igualdade...

Olavo de Carvalho

quinta-feira, maio 29, 2008

Sempre actual

Gasolina, fome, desemprego, mentira, corrupção, justiça, obras faraónicas, (des)educação, etc, etc, quem se mostra figadalmente indignado e age em conformidade, quem é? ...Ninguém!

" Um povo imbecilizado e resignado, humilde e macambúzio, fatalista e sonâmbulo, burro de carga, besta de nora, aguentando pauladas, sacos de vergonhas, feixes de misérias, sem uma rebelião, um mostrar de dentes, a energia dum coice, pois que nem já com as orelhas é capaz de sacudir as moscas..."

Guerra Junqueiro escrito em 1886

sexta-feira, maio 09, 2008

Mais um desabafo

"...Um alerta feito um dia depois da discussão na Assembleia da República das propostas de lei de segurança interna e organização criminal - um debate onde chegaram estar apenas 25 deputados da maioria socialista e cinco do PSD. Os sociais-democratas foram, aliás, apontados na reunião de ontem como um exemplo que o PS não deve seguir. ..."

in Diário de Notícias em 9/5/08

Até que nem isto é sequer novidade. Mas que diabo! Hoje apanham-me em dia não.

Estes figurões não têem vergonha na tromba? É esta uma das razões porque o papel em que algumas leis estão escritas só serve para limpar o trazeiro, dada a inutilidade e/ou inoperância do conteúdo das mesmas, resultado de ignorância, ausência, desinteresse ou laxismo dos legisladores, tanto de partidos no governo como na oposição.

Seria curioso saber-se, em cada grupo parlamentar, quem são que apresentam qualificações técnicas e/ou políticas, portanto e eventualmente com capacidade de alguma intervenção, e os chamados verbo de encher. Enchem o número de presenças à sua custa e o bolso à nossa custa.

Daqui salto para outra espécie, infelizmente não-rara, que são os xulos da política, aqueles passarões que esvoaçam de ramo para ramo na árvore que é o complexo político-económico-público-privado português. Mas aqui quero ser justo: tanto roem os ossos ao contribuinte como ao pequeno accionista.

Como podemos parar o " coça-me as costinhas agora que depois te coço eu" ou "os amigos são para as ocasiões"?
Aceito ideias.

quarta-feira, maio 07, 2008

Carta aberta

Se bem que não tenha nada a ver com o presente assunto, faço notar que o autor desta carta foi, lembram-se?, advogado do Bibi e sofreu na pele a coragem que teve em atacar os pedófilos socialmente graúdos, denunciando as tentativas de encobrimento de alguns figurões amantes de nalguinhas imberbes.

..."Exmº Senhor
Prof. Cavaco SilvaPresidente da República Portuguesa

Excelência

José Maria de Jesus Martins, cidadão português, advogado, com domicilio profissional na Av. Defensores de Chaves, 15 , 3º A, 1000-109 Lisboa, toma a liberdade de junto de V. Exª manifestar o seguinte:1 - O jornal 'Diário Económico' , edição de hoje dia 29 de Abril de 2008, noticia , na primeira página, o seguinte:' Estónia e Eslováquiva vão ser mais ricos que Portugal'. 'A economia portuguesa vai crescer menos em 2008 e 2009. Mesmo assim estará melhor que a média da Zona Euro mas perde na União Europeia a vinte e sete. '.
Como V. Exª sabe, até porque tem obrigação de saber, Portugal definha. Hoje Portugal na União Europeia vai sendo ultrapassado por todos os Estados Membros. Em Portugal já há fome. As políticas de emprego são ineficazes. os portugueses vivem cada vez mais nas margens dos melhores padrões de vida da UE.O Governo Português está a levar Portugal para a miséria, para a vergonha de sermos piores que todos os outros. Antes, nas décadas de 1960, 1970 e até 1985 os motivos indicados para o declíneo de Portugal eram a ditadura, o fascismo. Hoje, Portugal recebe todos os dias milhões de euros de ajudas da UE e milhões de euros vindos dos emigrantes.
Portugal emagrece, os portugueses já não têm um sistema de saúde que os proteja, emprego não há, as malas de cartão voltaram em força. A emigração é a grande válvula de escape para o Governo afirmar que há menos desemprego, quando afinal o que se passa é que os portugueses que perderam o emprego nas fábricas emigram, os portugueses que embora possuam uma licenciatura emigram, porque não têm meios de vida.
Onde e como foram aplicadas as ajudas da União Europeia?
Senhor Presidente, V. Exª não pode desconhecer que na União Europeia Portugal caminha a passos largos para ser o último. E o último no que diz respeito aos indices de crescimento, à criação de emprego, aos padrões de nível de vida.
O Interior está cada vez mais desertificado. O Interior vai ficar sem os mais velhos porque nem estes já têm estruturas de saúde para os apoiar na velhice. A classe política tem delapidado Portugal.V. Exª não pode fechar os olhos a esta realidade.
Não temos Forças Armadas condignas. Andamos a enviar meia dúzia de homens para a 'cooperação' humanitária, sem meios e poder de fogo, o que nos avilta, nos enfraquece. V. Exª sabe que os portugueses estão desesperados, famintos, sem norte.
Meia dúzia vive à tripa forra, manobram as riquezas nacionais. O resto vive à rasca passando mal e sentindo que Portugal vai a caminho do fim, sem influência no estrangeiro, sem rumo e sem norte. A Lei de Gresham é também para ser aplicada aos membros do Partido Socialista e não só a Santana Lopes.
Portugal não precisa de um monarca ( aqui não concordo), porque é uma República.
V. Exª tem de tomar posição.A resposta do Governo Português à noticia que a Estónia e a Eslováquia vão ser mais ricos que Portugal, nada mais é que a materialização da anedota que se conta da atitude e comportamento português cada vez que um individuo cai de um prédio: 'Parte o braço direito, a perna esquerda e a perna direita, fractura o crâneo e a bacia, e se diz':Coitado, ainda teve sorte que não partiu o braço esquerdo!'. Quo Vadis Portugal? Qual o Político Português que tem cara para junto dos órgãos da União Europeia justificar esta miséria?
V. Exª deve ponderar qual a intervenção que deve ter. E intervenção junto do Governo.O PR não pode calar. Ou então não tem razão de ser. Não tarda que Cabo Verde , o Zimbabwe, o Burundi , o Mali, O Senegal, o Equador, O Perú, inter alia, tenham melhores níveis de vida que Portugal.V. Exª deve ponderar bem qual o papel do Presidente da República nesta conjuntura. Algo tem der ser feito. Esta miséria não tem justificação. Só a corrupção, o tráfico de influências , o corporativismo, a incompetência dos políticos pode justificar esta situação inqualificável, inadmissível.
Portugal está muito doente. Os portugueses não compreendem o seu silêncio sobre esta realidade. Um Presidente da República há-de servir para algo. E os portugueses não sentem que sirva para os ajudar.Cabe lembrar que em 1979 em artigo publicado , da minha autoria, no jornal 'Notícias de Évora' defendi que a Estónia , a Letónia e a Lituânia, deveriam sair do jugo soviético.Estes países hoje são mais desenvolvidods que Portugal!!!
Portugal caminha para graves convulsões sociais. Vamos sem rumo, sem vergonha, dando um péssimo exemplo ao Mundo.Nem com 'toneladas' de euros que a União Europeia nos envia Portugal cresce. Inqualificável! Creia, Senhor Presidente da República, que tenho para mim que o PR deveria ter tido outra posição quanto à questão da Universidade Independente e a tudo o que a envolve, e não a posição que teve.
Digo-o, ao abrigo direito de livre opinião e expressão que a Convenção Europeia dos Direitos do Homem me consagra.Espero de V. Exª uma atitude, como esperam os portugueses, os jovens da geração dos '500 euros' e os outros que já sentem vergonha deste estado de coisas.
Com os meus respeitosos cumprimentos.

O cidadão Português

José Maria de Jesus Martins"...
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