terça-feira, maio 31, 2005

Pequenos formatos I



Acrílico sobre contraplacado 30 x 20 cm

segunda-feira, maio 30, 2005

Aprendam!

Um ministro português recebeu, em Lisboa, um ministro angolano. Simpático, o ministro português convidou o outro a ir lá a casa. O ministro angolano foi e ficou espantado com a bela vivenda. Em bairro chiquérrimo e com piscina. Com o informalismo dos luandenses pôs-se a fazer perguntas.
- Com um ordenado que não chega a mil contos limpos, como é que o meu amigo conseguiu tudo isto? Não me diga que era rico antes de ir para o Governo?
O ministro português sorriu, disse que não, antes não era rico. E em jeito de quem quer dar explicações, convidou o outro a ir até à janela.
- Está a ver aquela auto-estrada?
- Sim, respondeu o angolano.
- Pois ela foi adjudicada por 100 milhões. Mas, na verdade, só custou 90...disse o português, piscando o olho.
Semanas depois, o ministro português foi de viagem a Luanda. O angolano quis retribuir a simpatia e convidou-o a ir lá a casa. Era um palácio, com varandas viradas para o pôr-do-Sol do Mussulo, jardins japoneses e piscinas em cascata. O português nem queria acreditar, gaguejou perguntas sobre como era possível um homem público ter uma mansão daquelas. O angolano levou-o à janela.
- Está a ver aquela auto-estrada?
- Não.
- Pois...

sexta-feira, maio 27, 2005

Algures no Afeganistão



Acrílico sobre tela 70 x 50 cm

Para os que se perguntam "porque pinta este gajo em acrílico tantas vezes?", respondo:
-Porque sou impaciente com'ó raio que me parta, em determinadas ocasiões, e a tinta acrílica seca muito mais rápidamente que a de óleo. O efeito que obtenho, com a técnica que utilizo, não difere muito do obtido com o óleo. Manias!

Um excelente fim de semana para todos, com o seguinte chiste:

Resposta à Engenheiro

Argumentação de um francês que foi apanhado a 250 Km/h
numa estrada onde o imite era de 70.

Sr. Dr. Juiz,
Confirmo que vi na estrada a marca 70 em números
negros inscritos num círculo vermelho, sem qualquer
informação de unidades.
Ora como sabe, a Lei de 4 de Julho de 1837 torna
obrigatório em França o Sistema Métrico, e o Decreto
65-501 de 3 de Maio de 1961, modificado de acordo com
as directivas europeias, define, COMO UNIDADE DE BASE
LEGAL, as unidades do Sistema Internacional, SI.
Poderá confirmar tudo isso no site do Governo.
Ora, no Sistema SI, a unidade de comprimento é o
"Metro", e a unidade de tempo é o "Segundo". Torna-se
portanto evidente que a unidade de Velocidade é o
"Metro por Segundo". Não me passaria pela cabeça que o
Ministério aplicasse uma unidade diferente.
Assim sendo, os 70 Metros por Segundo correspondem
exactamente a 252 Km/h.
Ora a Polícia afirma que me cronometrou a 250 Km/h o
que eu não contesto.
Circulava portanto 2 Km/h abaixo do limite permitido.
Esperando a aceitação dos meus argumentos, de V. Exa...

quarta-feira, maio 25, 2005

Na praia

Aqui vão dois pois um é para o feriado. Foi um exercício que resolvi fazer sobre pintura de marinhas "à inglesa". Acho que consegui a atmosfera das praias do Canal.






Acrílicos sobre tela colada em cartão 40 x 30 cm

Divirtam-se no feriado, se puderem, pois a mentira mais despudorada, desavergonhada e insultuosa quer-nos submergir.
Há que nadar, meninos, há que nadar!

terça-feira, maio 24, 2005

Mais pintura

Este foi pintado a partir de um esboço feito no interior de um bar, em Colares.



Óleo sobre tela 100 x 80 cm

segunda-feira, maio 23, 2005

Homenagem III

Este é o último desta série. Daumier é mestre em apanhar a luz preocupando-se com as sombras. A atitude concentrada do coleccionador é evidente num tempo que parece parado.



Acrílico sobre cartão 30 x 40 cm

sexta-feira, maio 20, 2005

Homenagem II

Uma segunda obra em memória de Daumier. A captação do instante é muito curiosa.



Acrílico sobre cartão 30x 40 cm

Bom fim de semana a todos.

quinta-feira, maio 19, 2005

Homenagem I

Primeiro pequeno estudo que fiz de alguns quadros de Daumier, pintor pelo qual tenho grande admiração no que respeita ao modo como trata os contrastes de luz e sombra.
Posteriormente mostrarei mais alguns.


Acrílico sobre cartão 30x40


Alguns de vós já os terão visto aqui mas outros não. É pois para esses e para os outros que se não fartam que repito a dose.

quarta-feira, maio 18, 2005

Vento


Odeio o vento. Assumo que é uma declaração idiota para quem escolheu viver em Cascais. Nem posso alegar ignorância prévia pois já sabia de existência um bairro chamado Pai do Vento, antes de me mudar para ali.
Tive um pequeno iate à vela, um Merlin 28, para quem está dentro do assunto, e durante os anos em que dele gozei, se estava em casa e o vento soprava como só é possível na abas meridionais da Serra de Sintra, não pregava olho toda a noite com medo que a porcaria do barquito desalvorasse mar adentro.
Passada essa preocupação com a venda do dito eis que se me põe outro problema existencial que tem a ver com a rarefacção daquilo que foi uma basta cabeleira.
Por qualquer razão muito deles, não há barbeiro que ao ver a escassez pilosa no cocuruto não seja tentado a deixar os cabelos, que orlam essa clareira, mais compridos que os restantes. Calculo que com a esperança vã de que os mesmos sejam capazes de desempenhar a mesma tarefa dos colegas ausentes, ao serem cuidadosamente penteados sobre ela. Mentira. Não só não o conseguem como o resultado é ridículo.
Com uma terrível agravante: quando o orgulhoso sujeito, convencido, recebe Eolo pelas costas, tem a ufana cabeça orlada por uma espécie de ralo e adejante leque de pavão descorado. Não há compostura que aguente. Bolas p’ró Vento!

terça-feira, maio 17, 2005

Perguntas menos inteligentes

Porquê a palavra "abreviação" é tão comprida?
Porque é que para encerrar o Windows clicamos sobre o Iniciar?
Porque é que a Limonada é à base de essências de limão e o detergente à base de limões verdadeiros?
Porque não há comida para gato com sabor a rato?
Porque é que uma comida para cão tem "Gosto melhorado!"? Quem a provou?
Porque são esterilizadas as agulhas que usam na eutanásia?
Se voar é uma coisa tão segura porque chama ao aeroporto Terminal?
Porque carregamos com mais força nos botões do telecomando quando as pilhas estão quase sem carga?
Porque se lavam as toalhas de banho? Não é suposto estarmos limpos quando as utilizamos?
Porque é que os pilotos kamikaze usavam capacetes?
Como é que os cartazes "Proibido pisar a relva" chegam ao meio dela?
Quando o homem descobriu que a vaca dava leite que pretendia ele, concretamente, fazer nesse momento?
Se uma palavra está mal escrita num dicionário como o saberemos?
Porque é que o sacana do Noé não esmagou os dois mosquitos?
Porque é que as ovelhas não encolhem quando chove?
Porque é que "separados" se escreve com uma só palavra e "todos juntos" precisa de duas separadas?
Porque é que os estabelecimentos abertos 24 horas por dia têm fechaduras e trancas ?

segunda-feira, maio 16, 2005

Frente ao cavalete

Comecei Sábado a trabalhar para a exposição que me é exigida há muito. Depois de ultrapassar aquele momento de terror que é ver-me perante uma tela em branco e que muitos pintores experimentam, tive a coragem de dar a primeira pincelada. É sempre fascinante ver como, paulatinamente, vai surgindo do nada, o esqueleto da obra: a composição espacial. É uma fase fundamental que condiciona a qualidade do quadro, por muito que se aprimore o desenho e se cuide da cor e respectivos contrastes. É a minha preocupação primeira. A impaciência para o passo seguinte, manchar de cor as zonas pretendidas, põe-me literalmente a transpirar, sufoca-me quase. Enquanto misturo as cores para apanhar os tons, limpo a testa com o mesmo pano em que seco os pincéis. Pretendo fazê-lo sempre com uma zona limpa do mesmo sem sempre alcançar tal desidério. O resultado é cómico ao fim de algum tempo.
Não me detenho enquanto não consigo ter, do trabalho, uma perspectiva cromática geral . Aí descanso um pouco e observo.
(continua)

sexta-feira, maio 13, 2005

A sentimento

A vós, Musa minha

De tudo o que me dissestes,
fizestes ou por vós senti,
restaram-me por inspiração os momentos mudos,
os sins dos silêncios,
aquilo que me omitistes em palavras
e, contudo, confirmastes no gesto.

Bom fim de semana.

quinta-feira, maio 12, 2005

Fragmentos II


Óleo sobre tela 40x50 cm


Julgo que muitos dos meus visitantes de agora não conhecem a minha humilde obra. É para eles que divulgarei algumas das minhas telas.
O que passarei mostrar aqui, de vez em quando, são telas que não são susceptiveis de integrar uma exposição pois não apresentam nem unidade de tema nem de estilo. Além disso a maioria já tem dono.
Vou começar, agora sim, a preparar material para expôr lá para Outubro. Quem tiver interesse em receber convite tem aqui ao lado o meu "imeile".

quarta-feira, maio 11, 2005

Fragmentos I

Que me desculpem a qualidade das fotografias mas foi a possível.


In memoriam
(Óleo sobre tela 40x50, o mais recente)



Espera em contra-luz
(Óleo sobre tela 50x60, já tem uns anos)

terça-feira, maio 10, 2005

Boletim

Pintando...


Lucian Freud
$4.000.000 a $6.000.000

segunda-feira, maio 09, 2005

Pseudo-filosofando

Pintar um retracto é difícil. Não tanto pelo semelhança com o original, uma fotografia, que essa só depende da aptidão para a cópia. Sim pelo surgimento da alma do retractado que pretendemos que ressalte da obra. Quando o representado se não encontra já entre nós e aquela subiu às Gloriosas Paragens, resulta impossível ao comum dos mortais trazê-la de volta e imbuí-la na pintura.
Retracto de defunto, mesmo que muito perfeito, arrisca-se a ser reprodução colorida de máscara funerária.
Mas eu, teimoso e ingénuo como sou, estou a tentar ultrapassar esta dificuldade procedendo a uma experiência que tem algo de metafísico e patético, simultaneamente.
Quero conseguir demonstrar que, existindo um elo anímico forte entre o pintor e o modelo, consubstanciado, no caso presente, numa amizade forte de longa data que só se desvanece com o desaparecimento dos dois, através de mim fluirá para a tela algo mais - nem que seja apenas uma pequena amostra daquilo que se não vê mas se sente na presença de qualquer ser humano: a personalidade individual, que é como quem diz, o espaço espiritual único que cada ser distinto ocupa no universo das nossas relações.
O desenho e a pintura levaram 6 horas de trabalho a serem postos no pequeno rectângulo. Esse rasgo da identidade do Manuel Maria sei que levará muitas, muitas mais. Assim Deus me ajude.

sexta-feira, maio 06, 2005

Ao meu jeito



Muito ao meu jeito. Sentem a maresia?
Bom fim de semana.

quinta-feira, maio 05, 2005

Adeus às estrelas


Enquanto estivermos nas mãos de advogados, economistas e licenciados em humanidades e letras não haverá verba para fantasias científicas de somenos importância como é um observatório astronómico.
Compreende-se, não serve para nada, não tem projecção nem consegue ser motivo de conversa, coitado.
Não dá conta de nada de dramático, não é propriedade de qualquer ricaço e motivo de cobiça, funciona melhor à noite que de dia, já passou de moda há décadas e as criancinhas vêem melhor na Net as estrelinhas e outros corpos celestes do que através da poeirenta ocular do seu telescópio principal. Saloios como somos até na astronomia abraçamos o virtual cómodo e massificado.
Assim, aquele que temos, soube-se ontem, está em declínio irreversível, em verdadeiro coma, por falta de verba e o seu pessoal aguardando a almejada reforma. Eutanásia com ele, já, que um planetário é mais giro e leva mais gente e pode-se comer pipocas e refrigerantes e tamos todos sentados, e podemos fazer umas brincadeiras co’as miúdas no escuro.

quarta-feira, maio 04, 2005

Vingançasinhas

A propósito da raiva que os norte-americanos têm aos franceses por causa da questão do Iraque, contam que surgiu esta notícia

AP/UPI Paris
O governo Francês anunciou ontem que o Grau de Alerta contra Terrorismo se tinha agravado do grau Correr para o grau Esconder.
Só existem mais dois acima destes: o de Render e o de Colaborar.
O aumento do grau de alerta foi desencadeado por um incêndio recente que destruiu a Fábrica Nacional de Bandeiras Brancas o que provocou a inoperacionalidade das Forças Armadas francesas.

Sacaninhas, hein?


Nóis ser todos caboclo mêhmo

Quando é hora de comê, nóis come...
Quando é hora de bebê , nóis bebe...
Quando é hora de amá, nóis ama...
Quando é hora de trabaiá,
huumm...hummmmmmmmmmmm
aí nóis todos manda "i-meius"!...

terça-feira, maio 03, 2005

Diálogos

Prof. Mariano Gago? É o Zé Sócrates. Oh, pá, ajuda-me aqui. Comprei um computador, mas não consigo entrar na Internet! Estará fechada?
- Desculpa?....
- Aquilo fecha a que horas?
- Zé, meteste a password?
- Sim! Quer dizer, copiei a do Freitas.
- E não entra?
- Não, pá!
- Hmmm....deixa-me ver... qual é a password dele?
- Cinco estrelinhas...
- Oh, Zé!...Pooooooo....Bom, deixa lá agora isso, depois eu explico-te. E o resto, funciona?
- Também não consigo imprimir, pá! O computador diz: "Cannot find printer"!Não percebo, pá, já levantei a impressora, pu-la mesmo em frente ao monitor e o gajo sempre com a porra da mensagem, que não consegue encontrá-la, pá!
- Fooooooo....Vamos tentar isto: desliga e torna a ligar e dá novamente ordem de impressão.Sócrates desliga o telefone. Passados alguns minutos torna a ligar.
- Mariano, já posso dar a ordem de impressão?
- Olha lá, porque é que desligaste o telefone?
- Eh, pá! Foste tu que disseste, estás doido ou quê?
- Foooooo...Dá lá a ordem de impressão, a ver se desta vez resulta.
- Dou a ordem por escrito? É um despacho normal?
- Oh, Zé...foooooooo....Eh, pá! esquece....Vamos fazer assim: clica no"Start" e depois...
- Mais devagar, mais devagar, pá! Não sou o Bill Gates...
- Se calhar o melhor ainda é eu passar por aí...Olha lá, e já tentaste enviar um mail?
- Eu bem queria, pá!, mas tens de me ensinar a fazer aquele circulozinho em volta do "a".
- O circulozinho...pois.... Bom...vamos voltar a tentar aquilo da impressora.Faz assim: começas por fechar todas as janelas.
- Ok, espera aí...
- Zé?...estás aí?
- Pronto, já fechei as janelas. Queres que corra os cortinados também?
- Foooo....Senta-te, OK? Estás a ver aquela cruzinha em cima, no ladodireito?
- Não tenho cá cruzes no Gabinete, pá!...
- Fooooooo....foooooooo....Zé, olha para a porra do monitor e vê se me consegues ao menos dizer isto: o que é que diz na parte de baixo do écran?
- Samsung.
- Eh, pá! Vai para o....
- Mariano?... Mariano?...'Tá lá?...Desligou....

segunda-feira, maio 02, 2005

Gastronomia


Andei a passear o meu apetite pelo Alentejo, desta vez. A pretexto de um almoço de um aniversário que ainda se irá passar em Agosto, pelo sim pelo não, foi-se já o grupo de amigos do menino dos anos reunindo para um almocinho de antecipação, que esta idade começa já a não de compadecer de surpresas inesperadamente funestas. Este pelo menos já ninguém no-lo tira.
Em campos da Batalha de Ourique, à sombra do monte onde se ergue a capelinha de S. Pedro das Cabeças foi-nos apresentado um ágape praticamente dietético:
Queijo da Serra, torresmos do rissol, patés diversos, boquerones, presunto e azeitonas, como amuse gueules, em cama de pão caseiro, foram avidamente deglutidos em pé, empurrados delicadamente por vinho branco ou bjeca,
Materializaram-se em seguida para confortar os delicados estômagos, uma Sopa de cação, perseguida por um Cozido de Grão. Escorreu o tinto nesta altura do evento.
Para que os distintos convivas se pudessem libertar da chamada boca de lacaio após tão modesta refeição, rolaram pela mesa, aos pares, queijadas tamanho XL e tortas de laranja, tudo feito em casa.
A faxina digestiva coube ao Licor de Poejo e ao Pedrisco.
Hip!...Com licccccença...
Tenham uma boa semana.
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