quarta-feira, abril 27, 2005

Primavera

O éter vibra, cerúleo.
Arregalam, abismados, a visão errática sobre os açafates naturais,
Entontecidos pelas rescendentes evaporações do pasto.
Nas peles húmidas brilha, policromática, a primeira transpiração,
Prenhe de toxinas e frescura.
Estala o grito de um pássaro desbragado que, topando no próprio bico,
Mergulha numa poça de urina vacum poupada pela estiagem serôdia,
Vá-se lá saber porquê...
Pequenas lagartas ondulantes são consumidas por penugentos nascituros
Na voragem de uma gestação prolongada.
E graças à mãe Natureza as dérmicas e ebúrneas áreas expostas
À concupiscência humana medram com a temperatura ambiente.

Ó p’ra mim: poeta e tudo!!! E pensar que há gente que se leva a sério quando escreve coisas de semelhante jaez.
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Deixa-me cá ver onde pus os óculos...

2 Comments:

Blogger Unknown escreveu...

O texto é interessante, achei que tinha qualidade, continua.Eu voltarei

16:39  
Anonymous Anónimo escreveu...

Genial este teu texto!!!!!!

Nao so gosto do que escreves, mas da maneira como escreves e.... acho-te muito charmoso!

Do Lido de Ostia, mesmo junto ao mar, um beijo carinhoso de quem vai ficar por aqui a trabalhar pro bronze durante 2 semanas.
O regresso sera, contudo, so la para meados de Junho.
jinho nessa bochecha laroca,

17:11  

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